Ir para o conteúdo principal

Plantas com Glicoalcalóides (Solaninas)

Descrição e Mecanismo de ação

Os glicoalcalóides solanina têm efeitos irritantes sobre a mucosa gastrointestinal. Fazem parte desse grupo principalmente as plantas do gênero Solanum spp.

Toxicidade

As solaninas apresentam acentuada ação irritante sobre a mucosa intestinal.

Em virtude da grande variedade de espécies, tipo de solo, época do ano e partes do vegetal envolvidas, torna-se difícil estabelecer uma dose tóxica precisa.

As manifestações clínicas estão relacionadas à quantidade da planta ingerida.

Manifestações Clínicas

  • Os distúrbios gastrointestinais são a característica mais comum após a ingestão.
  • Podem ocorrer náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia.
  • Em casos raros, ocorrem características de toxicidade antimuscarínica (anticolinérgica), incluindo pupilas dilatadas, boca seca, pele quente e seca, febre, taquicardia sinusal, hipertensão, ataxia, nistagmo, sonolência, delírio, agitação e alucinações visuais.
  • Foi relatada hiperglicemia e, em casos graves, depressão do SNC e respiratória.

Tratamento

  • Hidratação intravenosa, antieméticos e reposição eletrolítica podem ser necessária para pacientes com efeitos gastrointestinais graves, particularmente em crianças.
  • Os efeitos no sistema nervoso central são controlados com medidas de suporte.
  • Em pacientes sintomáticos, solicitar hemograma completo, função renal, testes da função hepática, glicemia e CK.
  • Todos os pacientes que necessitam de avaliação devem ser observados por pelo menos 6 horas após a exposição.
  • Os pacientes assintomáticos podem ter alta com aconselhamento para retornar se os sintomas se desenvolverem.

Exemplos de Plantas com Glicoalcalóides (Solaninas)

Solanum sisymbriifolium (Joá, juá, arrebenta cavalo, arrebenta boi, mata cavalo). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=11036.

Solanum sisymbriifolium (Joá, juá, arrebenta cavalo, arrebenta boi, mata cavalo). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=11036.

Solanum pseudocapsicum (Peloteira, tomatinho).Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=5008.

Solanum pseudocapsicum (Peloteira, tomatinho).Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=5008.

Solanum aculeatissimum (arrebenta-cavalo, melancia de praia, babá, mingola, bambão, joa-ti, joá vermelho, arrebenta boi, juá). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=6330.

Solanum aculeatissimum (arrebenta-cavalo, melancia de praia, babá, mingola, bambão, joa-ti, joá vermelho, arrebenta boi, juá). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=6330.

Solanum americanum ou Solanum nigrum (Erva moura, sué, maria preta, maria pretinha, caraxicá, caraxixu, pimenta de galinha, pimenta de rato, pimenta de cachorro, aguaragua, guaraquinha). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=25292

Solanum americanum ou Solanum nigrum (Erva moura, sué, maria preta, maria pretinha, caraxicá, caraxixu, pimenta de galinha, pimenta de rato, pimenta de cachorro, aguaragua, guaraquinha). Família: Solanaceae.Substância ativa: Glicoalcalóides ou derivados da solanina. Fonte: https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=25292

Referências

  1. Andrade Filho, A.; Campolina, D.; Dias, M. B. Toxicologia na prática clínica. 2° ed. Editora Folium. 2013. 675p.

  2. Solanum. In: NATIONAL POISONS INFORMATION SERVICE (NPIS). TOXBASE® © Crown copyright 1983-2023. Reino Unido, 2023. Disponível em: https://www.toxbase.org/. Acesso em: 26 Set. 2023. [acesso restrito].

  3. MATOS, A. F. A. et al. Plantas tóxicas: estudo de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. Instituto Plantarum de Estudos da Flora,

  4. 247p.

  5. Nelson LS, Shih RD, Balick MJ (2007) Handbook of poisonous and injurious plants, 2nd edn. Springer, Boston.

  6. North Carolina Extension Gardener Plant Toolbox. Disponível em: https://plants.ces.ncsu.edu/. Acesso em: 26 Set. 2023.

  7. OLSON, K.R. Manual de toxicologia clínica. 6ª edição. Editora Artmed. Porto Alegre, 2014.

  8. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.de; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. (Orgs.) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. rev. ampl. Porto Alegre / Florianópolis: Editora da Universidade UFRGS / Editora da UFSC, 2003.

Elaborado por: Marisete Canello Resener

Revisado por: Adriana Mello Barotto, Taciana Mara da Silva Seemann

Registrado por: Marisete Canello Resener

Data: Setembro/2023.