Ir para o conteúdo principal

Alho (Allium sativum)

Descrição e Toxicidade

300px-Allium_sativum-Fonte_Canva.jpeg

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) tem realizado diversos atendimentos de casos referentes a pacientes que fizeram uso tópico de alho cru, indevidamente, para o tratamento” de lesões de pele.

O alho possui potenciais alérgenos e fatores individuais podem contribuir para a suscetibilidade às queimaduras de alho. Os compostos sulfurados solúveis em óleo derivados da alicina são os principais irritantes e alérgenos do alho, sendo o sulfeto de dialila o composto mais alergênico quando aplicado topicamente.

O uso do alho na pele é responsável por diversos graus de reações irritantes, que podem ser afetadas pela concentração dos compostos, pela quantidade e duração da exposição na pele, área anatômica do corpo aplicada e sensibilidade cutânea do indivíduo.

Pode causar dermatite de contato e queimaduras químicas na pele e nas mucosas, que podem ter graus variados, incluindo aparecimento de eritema, bolhas e vesículas no local da lesão.

O tratamento deve incluir a remoção de qualquer resíduo de alho, imersões e compressas frias e tratamento padrão como em queimaduras.

Lesões causadas por uso tópico de alho. Fonte: Cordeiro G. B. C. et al. Garlic burn injuries: a clinical-epidemiological profile of cases registered at CIATox/SC, Brazil. In: XXII Congresso Brasileiro de Toxicologia, Camboriú, 25-28 de Maio de 2022.

Lesões causadas por uso tópico de alho. Fonte: Cordeiro G. B. C. et al. Garlic burn injuries: a clinical-epidemiological profile of cases registered at CIATox/SC, Brazil. In: XXII Congresso Brasileiro de Toxicologia, Camboriú, 25-28 de Maio de 2022.

Referências

  1. Allium sativum. In: NATIONAL POISONS INFORMATION SERVICE (NPIS). TOXBASE® © Crown copyright 1983-2023. Reino Unido, 2023. Disponível em: https://www.toxbase.org/. Acesso em: 27 Set. 2023. [acesso restrito].

  2. Nelson LS, Shih RD, Balick MJ (2007) Handbook of poisonous and injurious plants, 2nd edn. Springer, Boston.

  3. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.de; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. (Orgs.) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. rev. ampl. Porto Alegre / Florianópolis: Editora da Universidade UFRGS / Editora da UFSC, 2003.

  4. Cordeiro G. B. C. et al. Garlic burn injuries: a clinical-epidemiological profile of cases registered at CIATox/SC, Brazil. XXII Congresso Brasileiro de Toxicologia, Balneário Camboriú, 25-28 de Maio de 2022.

  5. HITL, Maja; KLADAR, Nebojša; GAVARIć, Neda; ČONIć, Branislava Srđenović; BOžIN, Biljana. Garlic burn injuries- a systematic review of reported cases. The American Journal Of Emergency Medicine, [S.L.], v. 44, p. 5-10, jun. 2021. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33571752/

  6. CORZO-MARTINEZ, M; CORZO, N; VILLAMIEL, M. Biological properties of onions and garlic. Trends In Food Science & Technology, [S.L.], v. 18, n. 12, p. 609-625, dez. 2007. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.tifs.2007.07.011.

Elaborado por: Marisete Canello Resener

Revisado por: Adriana Mello Barotto, Taciana Mara da Silva Seemann

Registrado por: Marisete Canello Resener

Data: Setembro/2023.