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Piridoxina (Vitamina B6) - antídoto

Sinônimos

Cloridrato de Piridoxina, Vitamina B6 (Pyridoxine)

Nome Comercial

Cloridrato de Piridoxina, Rodex®

Indicação Terapêutica como Antídoto

1. No tratamento agudo das convulsões causadas por intoxicação por isoniazida, hidrazina, cogumelos Gyromitra ou, possivelmente, cicloserina; A piridoxina pode atuar sinergicamente com o Diazepam;

2. Adjuvante na terapia de intoxicação por etilenoglicol;

Apresentação e Via de Administração

  • Cloridrato de piridoxina 100 mg/ml em frascos de 1 ou 30 ml.
  • Solução para administração IM ou IV.

OBS.: O frasco de 1 ml pode conter o conservante clorobutanol álcool benzílico a 0,9%, e o frasco de 30 ml contém parabeno.

Dose, Administração e Duração do Tratamento

'''a. Intoxicação por Isoniazida: ''' Tratamento de convulsões ou coma causados por Isoniazida. Administrar 1 g de piridoxina IV para cada grama de isoniazida comprovadamente ingerido até um máximo de 5 g em adultos (entretanto até 52g foram administrados e tolerados) ou 70 mg/Kg em crianças. Diluir em 50 ml de glicose ou soro fisiológico e administrar durante 5 minutos (taxa de 1g/min). Se a quantidade ingerida for desconhecida, administrar 4 a 5 g IV empiricamente, e repetir a cada 5 a 20 minutos, conforme necessário. Recomenda-se a administração concomitante de benzodiazepínicos para o controle das convulsões.

'''b. Intoxicação por monometil-hidrazina: ''' Administrar 25 mg/Kg IV; repetir conforme necessário.

'''c. Intoxicação por etilenoglicol: ''' Administrar 50 mg, IV ou IM, a cada 6 horas, até que a intoxicação seja resolvida.

'''d. Intoxicação por cicloserina: ''' Uma dosagem de 300 mg/dia foi recomendada.

Mecanismo de Ação

A piridoxina (vitamina B6) é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B que atua como cofator em várias reações enzimáticas. A superdosagem envolvendo Isoniazida ou outras monometil-hitrazinas (ex. cogumelos Gyromitra) pode causar convulsões interferindo na utilização de piridoxina no cérebro, e a piridoxina administrada em altas doses pode controlar estas convulsões rapidamente e acelerar a consciência. Pode também contribuir para corrigir a acidose lática secundária ao comprometimento do metabolismo do lactato induzido pela Isoniazida. Na intoxicação por etilenoglicol, a piridoxina pode aumentar a conversão do metabólito tóxico ácido glicoxílico em um produto não tóxico, a glicina.

A piridoxina é bem absorvida VO, mas geralmente é administrada IV para utilizações de emergência.

A meia-vida biológica é de cerca de 15 a 20 dias.

Precauções e Contraindicações

Deve-se ter cuidado em pacientes com sensibilidade conhecida a piridoxina ou a conservantes parabenos.

Reações Adversas

  • Geralmente não há efeitos adversos observados com dosagem aguda de piridoxina.
  • Doses excessivas crônicas podem resultar em neuropatia periférica.
  • O uso de frascos de 1 ml pode causar depressão leve do SNC devido ao conservante, se 50 ou mais frascos (> 5g de piridoxina) forem administrados (equivalente a > 250 mg do conservante clorobutanol).

Uso na Gravidez

  • Categoria A (FDA): Medicamentos cujos estudos controlados em mulheres não demonstraram risco para o feto quando administrados no primeiro ou nos demais trimestres. Para estes, a possibilidade de lesão fetal é remota.

No entanto, o uso crônico excessivo na gravidez resultou em convulsões decorrentes da abstinência da piridoxina em neonatos

Quantidade mínima para tratar um paciente adulto de 70kg, grave, nas primeiras 24h

5g ou 50 ampolas (100 mg/ml, 1 ml cada).

Disponibilidade do medicamento em Santa Catarina

Pela portaria dos antídotos deve estar disponível em 13 Pontos Estratégicos de Atenção, Hospitais de referência (adulto) macrorregionais. Na prática, segue os locais com disponibilidade:

Grande Florianópolis: Hosp. Universitário; Sul: Hosp. São José (Criciúma); Hosp. N. Senhora da Conceição (Tubarão); Foz do Rio Itajaí: Hosp. Marieta K. Bornhausen (Itajaí); Vale do Itajaí: Hosp. Santo Antônio (Blumenau); Nordeste: Hosp. Mun. São José (Joinville); Serra: Hosp. Tereza Ramos (Lages); Planalto Norte: Hosp. São Vicente de Paula (Mafra); Meio Oeste: Hosp. Santa Terezinha (Joaçaba), Hosp. Hélio dos Anjos Ortiz (Curitibanos); Grande Oeste: Hosp. Regional do Oeste (Chapecó), Hosp. Regional do Extremo Oeste (SMO).

Referências

DRUGDEX® Evaluations. Thomson Micromedex. Disponível em: <http://www.micromedexsolutions.com/micromedex2/librarian>

TOXBASE® . Disponível em: <http://www.toxbase.org>.

OLSON, K.R. Manual de toxicologia clínica. 6ª edição. Editora Artmed. Porto Alegre, 2014.

UPTODATE. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/search

Atualizado em: Maio/2015

Equipe CIT/SC