Hidroxocobalamina - antídotos
Sinônimos
- Hidroxicobalamina (hydroxocobalamin).
ATENÇÃO: PÁGINA EM CONSTRUÇÃO - NÃO UTILIZAR
Descrição
O Ministério da Saúde disponibilizou aos estados o medicamento Cloridrato de Hidroxocobalamina 5g injetável para tratamento da intoxicação aguda por CIANETO, no âmbito do SUS, por meio de:
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Portaria SCTIE/MS nº 9, de 28 de janeiro de 2016 (fazer link de acesso)
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Portaria SAS/MS nº 1.115, de 19 de outubro de 2015 - Protocolo de uso aprovado por meio da (fazer link de acesso)
Nome Comercial
- Cyanokit® (Medicamento importado)
Indicação Terapêutica como Antídoto
Tratamento de pacientes expostos ou intoxicados por cianeto de forma aguda.
A intoxicação por cianeto pode ser considerada uma intoxicação rara porém de extrema gravidade. A fonte mais comum de exposição aguda se refere à inalação de fumaça em incêndios. Fumaça proveniente da combustão incompleta de material carbonáceo e nitrogenado — algodão, seda, madeira, papel, plásticos, esponjas, acrílicos e polímeros sintéticos em geral. Embora menos frequentes, outras circunstâncias de intoxicação aguda dizem respeito à ingestão e inalação de sais de cianeto. Em alguns vegetais e sementes de frutas o cianeto está presente na forma de glicosídeos cianogênicos que liberam a molécula de cianeto (mandioca brava, amêndoas amargas, sementes de pera, maçã, pêssego e ameixa) e em compostos que podem liberá-lo por decomposição térmica ou espontânea. Alguns medicamentos, como o nitroprussiato de sódio, de administração comum nos serviços de urgência e emergência, também podem ser fonte de intoxicação por cianeto. Intoxicação em exposição ocular e dérmica também pode ocorrer. Essas circunstâncias são menos frequentes e em geral de menor gravidade.
Nos casos de intoxicação, além das medidas de suporte clínico,como suplementação de oxigênio, a terapia com antídotos deve ser realizada. Dentre os antídotos disponíveis (hidroxocobalamina, nitrito de amila, nitrito de sódio, tiossulfato de sódio, 4-dimetilaminofenol e edetato de dicobalto), a hidroxocobalamina é apontada como o antídoto de primeira linha.
Apresentação e Via de Administração
- Cada kit contém 5g de Cloridrato de Hidroxocobalamina liofilizada com equipamento para transferência.
- Via: I.V.
- Após reconstituição com 200 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9%, cada ml de solução reconstituída contém 25 mg de hidroxocobalamina.
- Após reconstituído, o medicamento pode ser armazenado por até 6 horas em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). A hidroxocobalamina não deve ser misturada com outros diluentes além das soluções injetáveis de cloreto de sódio a 0,9%, Ringer Lactato ou glicose a 5%.
Intoxicação por Cianeto
O cianeto de hidrogênio (HCN) é um gás incolor, miscível em água e solúvel em etanol, menos denso que o ar, com dispersão rápida e com odor característico de amêndoas amargas (embora a ausência desse odor não exclua a presença de cianeto)[2,5]. Caracterizado como um potente asfixiante químico, que produz hipóxia grave devido à impossibilidade de utilização do oxigênio pelos tecidos por inibição da citocromooxidase, sua absorção ocorre rapidamente por via inalatória, oral e dérmica que, por sua vez, causa a lesão aos órgãos mais sensíveis devido à ausência de oxigênio (coração e cérebro) [3,4,5]. Uma vez absorvido, é rapidamente distribuído a todos os tecidos, ligando-se às proteínas plasmáticas em uma taxa de 60%, com meia-vida de 20 a 60 minutos. A intoxicação por cianeto pode ocorrer por exposição aguda ou crônica. A fonte mais comum de exposição aguda se refere à inalação de fumaça em incêndios, em que se estima que dois terços das vítimas destes acidentes sejam atribuídos ao envenenamento por cianeto [2,3,6]. Tal acidente ocorre como resultado da inalação de fumaça proveniente da combustão incompleta de material carbonáceo e nitrogenado — algodão, seda, madeira, papel, plásticos, esponjas, acrílicos e polímeros sintéticos em geral [3]. Como exemplo, na tragédia ocorrida em Santa Maria-RS, em 27 de janeiro de 2013, os 242 óbitos observados foram relacionados em sua maioria à intoxicação combinada por monóxido de carbono e cianeto, como produto da combustão de plásticos e outros materiais sintéticos de revestimento interno da boate Kiss [3,7]. Embora menos frequentes, outras circunstâncias de intoxicação aguda dizem respeito à ingestão e inalação de sais de cianeto, geralmente em tentativas de suicídio, que, apesar de raras, são, da mesma forma, circunstância de alta letalidade [2]. Em alguns vegetais e sementes de frutas o cianeto está presente na forma de glicosídeos cianogênicos que liberam a molécula de cianeto (mandioca brava, amêndoas amargas, sementes de pera, maçã, pêssego e ameixa) e em compostos que podem liberá-lo por decomposição térmica ou espontânea [2,5]. Alguns medicamentos, como o nitroprussiato de sódio, de administração comum nos serviços de urgência e emergência, também podem ser fonte de intoxicação por cianeto. Intoxicação em exposição ocular e dérmica também pode ocorrer. Essas circunstâncias são menos frequentes e em geral de menor gravidade [2,5].
Dose, Administração e Duração do Tratamento
a. USO PRÉ-HOSPITALAR
Administração e doses: Infundir 5g (crianças: 70mg/kg) por via venosa durante 15 minutos. Em casos graves, como os de parada cardíaca ou persistência da instabilidade cardíaca, uma segunda dose de 5g (crianças: 70mg/kg) poderá ser infundida durante 15 minutos a 2 horas. [11,25-36].
De acordo com o consenso Europeu, os pacientes podem ser divididos em dois grupos a depender do grau de intoxicação por cianeto, classificado pela Glasgow Coma Scale(GCS) e pelos sinais vitais. A intoxicação grave é caracterizada por GCS inferior a 9 ou instabilidade hemodinâmica grave (definido como frequência cardíaca de 40 bpm ou tensão sistólica abaixo de 90 mmHg).
Intoxicação intermediária apresenta um GCS entre 10 e 13 com ou sem sinais vitais anormais.
A ausência de toxicidade significativa por cianeto é definida por um GCS de pelo menos 14 pontos.
O uso da GCS como principal determinante de intoxicação pode resultar em um excesso de indicações de tratamento, mas para os autores do consenso Europeu este é o único parâmetro clínico pré-hospitalar confiável para caracterizar o envenenamento por cianeto [20].
A administração precoce de 5g de hidroxocobalamina (70 mg/kg em crianças) é definida para todos os pacientes intermediários ou gravemente intoxicados. Se a vítima apresentar parada cardiorrespiratória ou instabilidade hemodinâmica, até 10g de hidroxocobalamina devem ser administrados imediatamente, mesmo durante a ressuscitação cardiopulmonar. Dada à importância do rápido tratamento, nos casos em que haja múltiplos pacientes com intoxicação intermediária, recomenda-se a administração de 2,5g de hidroxocobalamina, mesmo sabendo-se que esta é uma dose insuficiente, desde que seja imediatamente completada até 5g ao serem os doentes hospitalizados [20].
b. USO HOSPITALAR
Administração e doses: Infundir 5g (crianças: 70mg/kg) por via venosa durante 15 minutos.
Em casos graves, como os de parada cardíaca ou persistência da instabilidade cardíaca, uma segunda dose de 5g (crianças: 70mg/kg) poderá ser infundida durante 15 minutos a 2 horas. [11,25-36].
Caso ainda não tenha sido realizada, a administração de oxigênio a 100% é obrigatória [20]. Os pacientes com intoxicação por cianeto que apresentam elevado nível de lactato devem receber 5g de hidroxocobalamina (70 mg/kg, se crianças), independentemente de terem ou não recebido a dose pré-hospitalar. Caso os níveis de lactato permaneçam elevados, ou se permanecerem outros sinais de intoxicação, deve ser administrada uma segunda dose de hidroxocobalamina, sem exceder a dose máxima de 10 g, incluindo a eventual dose pré-hospitalar.
Todos os pacientes que receberem hidroxocobalamina ou apresentarem sintomas de intoxicação por cianeto devem ser hospitalizados e monitorados. Pacientes considerados expostos por inalação, porém assintomáticos, sem uso de terapia de antídoto, com lactato negativo podem receber alta hospitalar após 3 horas de observação. Nos casos de ingestão de alimentos ou compostos contendo glicosídeos cianogênicos (como mandioca crua ou mal cozida), ou dependentes de metabolização para liberação do cianeto (inalação de acrilonitrila, por exemplo), o tempo de observação deverá ser mais prolongado, de 6 a 24 horas [20, 41].
c. TextoTexto.
Inserir o texto que quiser colorir em vermelho
Adultos:
- Tópico e Negrito:
- Tópico e Negrito:
Crianças: Dose de Ataque:
- Tópico
- Tópico
Administração:
Duração do Tratamento:
Mecanismo de Ação
TextoTexto.
Precauções e Contraindicações
a. TextoTexto.
b. TextoTexto.
Reações Adversas
O uso de hidroxocobalamina cursa com uma coloração vermelha reversível da pele e mucosas, que pode durar até um máximo de 15 dias após a administração desse medicamento. Todos os doentes apresentarão uma coloração vermelho-escura da urina bastante acentuada durante os três dias que se seguem à administração, coloração essa que pode persistir até um máximo de 35 dias após a administração da hidroxocobalamina.
Também se podem observar manifestações alérgicas (inclusive edema angioneurótico, erupção cutânea, urticária e prurido); alterações cardíacas e de pressão arterial; dores de cabeça ou tonturas; agitação; derrame pleural; dispneia; sensação de aperto na garganta; garganta seca; desconforto torácico; desconforto abdominal; dispepsia; diarreia; náusea; vômitos; disfagia; alterações oculares (edema, irritação, hiperemia); exantemas pustulares (que podem durar várias semanas e afetam principalmente a face e o pescoço); inflamação no local da injeção; agitação; alterações da memória; edema periférico; linfocitopenia; coloração do plasma, que pode causar elevação ou diminuição artificial dos níveis de certos parâmetros laboratoriais.
Inexistem estudos sobre interação medicamentosa.
Uso na Gravidez
a. Embora se tenha observado teratogenicidade em animais e inexistam dados suficientes sobre a utilização de hidroxocobalamina em mulheres grávidas, desconhecendo-se o risco potencial para o ser humano, o uso desse medicamento durante a gestação justifica-se pelo máximo de administração de duas doses de hidroxocobalamina, a condição grave que é a intoxicação pelo cianeto e a falta de alternativa terapêutica. Porém, há necessidade de acompanhamento rigoroso da gestação, caso uma mulher tenha recebido hidroxocobalamina estando sabidamente grávida ou tido a sua gravidez identificada a posteriori.
Informações Complementares
a. TextoTexto
**b.**TextoTexto
Quantidade mínima para tratar um paciente adulto de 70kg, grave, nas primeiras 24h
10 g de hidroxicobalamina = 2 kits de Cyanokit®
Disponibilidade do medicamento em Santa Catarina
Pela portaria dos antídotos deve estar disponível em XX pontos estratégicos de atenção, Hospitais de referência xxxxxxxx:
Referências
DRUGDEX® Evaluations. Thomson Micromedex. Disponível em: <http://www.micromedexsolutions.com/micromedex2/librarian>
TOXBASE® . Disponível em: <http://www.toxbase.org>.
OLSON, K.R. Manual de toxicologia clínica. 6ª edição. Editora Artmed. Porto Alegre, 2014.
UPTODATE. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/search
Atualizado em: Mês/2015
Equipe CIT/SC
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